Estimulação Precoce

A estimulação precoce é o atendimento clínico e individualizado, direcionado aos bebês e crianças com risco ou atraso no desenvolvimento (prematuros de risco, baixo peso, síndromes genéticas, paralisia cerebral entre outras), que podem ter alterações no desenvolvimento neuropsicomotor.

Tem como objetivo desenvolver e potencializar as funções do cérebro do bebê, atuando na prevenção e no tratamento dessas alterações. Este atendimento é de fundamental importância para os aspectos motores, cognitivos, psíquicos e sociais, tendo em vista que a estimulação que o bebê recebe nos primeiros anos de vida constitui a base de suas aquisições futuras.

A estimulação precoce consiste em uma série de exercícios para desenvolver as capacidades da criança onde são estimuladas as percepções sensoriais (através de experiências visuais, auditivas e táteis), os movimentos corporais, a manipulação de objetos, a comunicação, a socialização e a capacidade de raciocínio, fazendo-o adquirir habilidades e entender o que ocorre ao seu redor.

O tratamento por estimulação precoce é possível devido à plasticidade neural (a possibilidade de áreas vizinhas assumirem a função relativa à área lesada, mediante um processo de estimulação). Além disso, quando a criança nasce, o seu Sistema Nervoso Central (SNC) ainda não está completamente desenvolvido. Por meio de sua relação com o ambiente, o SNC se mantém em constante evolução, em um processo de aprendizagem que permite sua melhor adaptação ao meio em que vive.

Cada criança apresenta seu padrão característico de desenvolvimento, visto que suas características inerentes sofrem a influência constante de uma cadeia de transações que se passam entre a criança e seu ambiente.

O trabalho é realizado com a presença dos pais ou responsáveis, pois a orientação da família quanto aos cuidados com o bebê é indispensável para o bom andamento do trabalho já que a criança passa a maior parte do tempo com sua família.

O atendimento deve ser iniciado logo que seja diagnosticado o atraso no desenvolvimento, pois quanto mais cedo à intervenção, melhor será o prognóstico.